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Controle e Monitoramento Total do Transformador
Nova funcionalidade do Sistema da SEL permite monitorar gases em transformadores sem a necessidade de equipamentos adicionais.
Os gases imersos no óleo do transformador originam-se da quebra de ligações químicas desse líquido, como uma reação a energia térmica e elétrica que surgem durante o seu aquecimento natural ou em falhas elétricas. Desta forma, esses gases são um importante indicativo sobre a vida útil deste equipamento. O etileno, por exemplo, aparece devido ao sobreaquecimento do óleo, já o monóxido de carbono devido ao sobreaquecimento da celulose, o papel isolante. Faltas elétricas como o efeito Corona podem ocasionar a formação de gás hidrogênio, enquanto arcos internos facilitam a formação do acetileno. Para monitorar esses gases era preciso complementar o sistema de proteção com softwares e hardwares próprios, gerando custos altos para a concessionária. Visando otimizar recursos e facilitar esse diagnóstico, a SEL trouxe o monitoramento de gases para dentro do Sistema de Monitoramento de Transformadores (SEL-SMT).
Como funciona?
O SEL-SMT reúne duas soluções: o SEL-2414, módulo para monitoramento e controle de transformadores de potência, e o SEL-3530, processador de automação (RTAC). Com a primeira solução, é possível: estimar a temperatura do óleo e do enrolamento do transformador em tempo real; controlar o acionamento da ventilação; executar a regulação de tensão através do controle dos comutadores de TAPs e esquemas de paralelismo. Os dados referentes a estas funcionalidades podem ser visualizados no RTAC, que pode ainda incorporar informações de outros equipamentos e sensores do transformador, adquirindo assim a capacidade adicional de monitoramento de gases e umidade.
A lógica implementada no RTAC possibilita ao cliente ter um SEL-SMT que abrange três grandes conjuntos de indicadores: o térmico, o monitoramento de gases e o de umidade. “Somente o SEL-2414 já faz o monitoramento térmico que é um dos indicadores mais importantes para a análise da manutenção e desgaste de vida útil do transformador. O acréscimo das medições do nível dos gases – quais são e sua porcentagem – e da umidade do papel isolante, garantem uma cobertura completa desses índices que podem ser visualizados em telas e gerar alarmes quanto ao desgaste do transformador”, diz Sandro Santana, coordenador de vendas na SEL.
Basicamente os métodos de monitoramento de gases visam, além de gerar alarmes para níveis críticos, encontrar um diagnóstico para o transformador através da análise da porcentagem de determinados tipos de gases dissolvidos. A SEL implementou diversos métodos para a definição destes diagnóstivos, , tais como os métodos Rogers, Gases Chaves e Duval. O Duval, por exemplo, utiliza a combinação da porcentagem de acetileno, etileno e metano em uma área triangular estratificada. Dependendo a região que esta combinação cair, é dado um diagnóstico diferente em relação a condição de operação do transformador. Possuir este diagnóstico facilita a decisão sobre qual ação de manutenção será executada, além de poder ser um fator decisivo para se condenar ou não o equipamento.

Fig 1 – Método de Duval para Monitoramento de Transformadores do SEL-SMT
Lançada pela SEL neste semestre, já foi implementada por uma empresa brasileira. “A solução despertou a atenção do mercado por não precisar de outro equipamento, além dos sensores e do SEL-SMT, para rodar o diagnóstico de gases.
Fonte: Interface 48
Texto revisado em Abril/2020img_1.jpeg